Aplicativos

Apps substituem os cartões de imagens e ajudam na comunicação de autistas não verbais

Guia para Leigos sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA)

O conteúdo foi escrito em sua maioria por especialistas, contendo temas atuais e mais acessados no site, bem como orientações para familiares, cuidadores de autistas e demais interessados que desejam se informar sobre o autismo.

Por Dentro Do TDAH

O TDAH trata-se de uma manifestação neurológica que afeta tanto crianças, quanto adultos. Nos últimos anos, a comunidade científica e o setor educacional voltaram a olhar para esta condição.

O que são os marcos de desenvolvimento infantil?

Campanha americana informa sobre os comportamentos esperados em cada fase da infância

Em novembro passado, o Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) lançou a última atualização da campanha Milestones Matter! (Marcos importam, em tradução livre). A ação da agência de saúde pública americana incentiva familiares e cuidadores a aprender sobre os marcos de desenvolvimento infantil e os sinais do TEA, para poderem buscar ajuda o mais rápido possível no caso de comportamentos atípicos. Como explicado pelo Dr José Luiz Egydio Setúbal em seu texto sobre tratamento precoce, quanto mais cedo forem identificadas quaisquer dificuldades, maiores são as chances da criança ter uma assistência desde cedo, garantindo o melhor desenvolvimento possível. Inspirados na campanha do CDC, buscamos Joana Portolese, neuropsicóloga e pesquisadora associada ao Autismo e Realidade, para desenvolver uma lista de sinais que podem indicar que a criança está no espectro autista:

Primeiros sinais do autismo são visíveis já aos 6 meses de idade

Até 06 meses: Atenção visual atípica, fazendo pouco ou nenhum contato com o olhar Preferência por fixar o olhar em alvos muito estimulantes

De 06 a 12 meses: Atenção atípica aos estímulos, ignorando ou fixando muito em estímulos específicos Dificuldade em alternar de um estímulo visual para outro Preferência por fixar o olhar em objetos e seres inanimados, em vez de pessoas

De 12 a 18 meses: Faz cada vez menos contato visual Não sorri ou sorri muito pouco para familiares e pessoas de convívio próximo e constante Não responde ou responde pouco ao ouvir o próprio nome Pouca resposta a estímulos Não imita o que vê a sua volta Poucos gestos comunicativos, e os gestos que realiza não são para se comunicar Irritabilidade Respostas sensoriais atípicas, sendo muito sensível ou muito insensível a sons, texturas e luzes

A partir dos 18 meses: Atraso na comunicação verbal e não verbal Irritabilidade Respostas sensoriais atípicas, sendo muito sensível ou muito insensível a sons, texturas e luzes Não consegue brincar de faz de conta

Pré-escolares: Falta de interesse em brincar com outras crianças Falta de empatia Ausência ou atrasos da fala Reações pouco previsíveis aos estímulos Interesses restritos

Escolares: Resistência extrema a mudanças Comportamentos repetitivos em excesso (como se balançar, bater as mãos, etc), sem atenção ao ambiente no entorno Dificuldade de interação social

Aplicativos e listas de marcos ajudam a acompanhar o desenvolvimento das crianças

Só o especialista em TEA, em conjunto com os testes padronizados de autismo vai poder avaliar se o fato da criança não ter atingido um marco de desenvolvimento esperado está relacionado ou não ao espectro. Em muitos casos, a suspeita de TEA acaba se revelando um problema mais específico de audição ou de visão. No caso do TEA, nenhuma criança apresenta exatamente os mesmos comportamentos ou conjunto de sintomas. É preciso estar atento ao desenvolvimento de cada um e, ao mesmo tempo, nos estímulos que a criança recebe do ambiente. Se você identificou alguns dos comportamentos em um conhecido, não deixe de buscar Apoio, procure especialistas em TEA, entre em contato com nossa ONG, ajudaremos sobre como se preparar para a consulta com o neuropediatra e onde conseguir profissionais.

Livox : Desenvolvida pelo brasileiro Carlos Pereira, a primeira versão do Livox levou quatro anos para ser lançada. A principal missão do app é auxiliar pessoas com dificuldades motoras e de comunicação, assim como a filha de seu criador: Clara tem paralisia cerebral e aprendeu a ler, escrever e se comunicar com o mundo com a ajuda do Livox. O sistema expõe símbolos na tela que, ao serem tocados, são traduzidos em comandos de voz. Atualmente, há um repertório com mais de 12 mil imagens disponíveis para os usuários em mais de 25 línguas. A ideia é oferecer o maior número de ferramentas de comunicação possível com o mínimo de interações com o sistema. O programa se adapta de acordo com novas demandas dos usuários, com funcionalidades como correção de sentido ou autocompletar, para tornar cada vez mais precisa e sofisticada a capacidade de comunicação do usuário. O Livox está disponível no apenas no Google Play com opções de plano mensal básico por R$ 59,99 (ou R$ 540 por ano) e plano mensal plus por R$ 79,99 ao mês (ou 720 por ano). Há também opções de plano para profissionais e para aquisições de governos.

Matraquinha : Criado em 2018 pelos pais e o tio de um menino com autismo, o Matraquinha ajuda crianças que precisam de apoio para a comunicação. A ideia dos três foi transportar para o ambiente digital as pranchas de comunicação do pequeno Gabriel. Chamadas PECs (sigla de Picture Exchange Communication System), são pastas físicas pesadas, que dão trabalho de carregar. Com o app, conseguiram fazer a pasta de pranchas caber no celular. Ali há cartões de figuras estáticas que, ao serem tocadas, emitem o som correspondente. Emoções, roupas, saudações e animais estão entre os assuntos explorados. O app está disponível gratuitamente na App Store e no Google Play.

Link matrakinha

Além de guiar a comunicação, apps ajudam autistas a organizar a sua rotina, evitando a ansiedade


Aplicativo Tobii Sono Flex: O Tobii Sono Flex é um aplicativo de vocabulário de comunicação assistiva e alternativa, fácil de utilizar e que transforma símbolos em fala com clareza. O aplicativo oferece o recurso da linguagem aos usuários sem capacidade verbal e ainda sem total controle da alfabetização.

O Sono Flex combina os benefícios estruturais e de flexibilidade, fornecendo um suporte para o desenvolvimento da linguagem, desta forma atendendo rapidamente as necessidades individuais e situacionais.

O Tobii Sono Flex foi criado para que patologistas da fala e linguagem, professores, pais, profissionais de saúde ou outros profissionais de comunicação apresentem facilidade de operação, configuração e personalização.
Aplicativo Tobii Sono Flex disponível clicando aqui:



Aplicativo Tippy Talk

O Tippy Talk, aplicativo permite que uma pessoa com deficiência verbal se comunique traduzindo imagens para mensagens de texto que são enviadas para um membro da família ou para um telefone ou tablet.

O aplicativo permite que os pais cuidem de imagens que são exclusivamente identificáveis ​​e familiares para a pessoa que vive com a deficiência verbal. Você simplesmente tira uma foto de um objeto, lugar ou pessoa e aplica o texto apropriado. Você também pode reforçar o desenvolvimento da linguagem registrando sua voz sobre cada foto, assegurando que a pessoa que vive com a deficiência reconheça e entenda a mensagem.

Essa comunicação não é restrita pela distância em que a pessoa que vive com a deficiência verbal pode se comunicar com quem ela escolheu, não importa onde ela esteja no mundo. O Tippy Talk promete a pessoa com deficiência verbal das limitações da comunicação no mesmo espaço e, ao fazê-lo, aumenta e promove a comunicação, a escolha independente e a inclusão social, reduzindo também a frustração da pessoa e da família que vive com ela. incapacidade verbal. Todas as informações do aplicativo você pode consultar clicando aqui.

PlayKids – Vídeos, livros e jogos educativos :

A PlayKids, integrante do Grupo Movile, é uma das líderes globais em conteúdo educativo infantil, com produtos que colaboram com o desenvolvimento das crianças por meio da literatura, da tecnologia e diferentes ferramentas desenvolvidas e selecionadas por especialistas. Em 2013 nasce a Playkids App projetado para cada fase dos pequenos, com jogos educativos, atividades, livros digitais e desenhos com os personagens favoritos das crianças. PlayKids App é uma plataforma premiada internacionalmente com desenhos, jogos, livros e atividades para crianças de 2 a 8 anos. Presente em mais de 180 países, proporciona aprendizado e diversão, estimulando o desenvolvimento dos pequenos.

dísponível para android e IOS clique aqui

Traço do autismo, movimentos repetitivos ajudam a pessoa a lidar com excesso de estímulos

Uma imagem muito associada ao autismo é de um indivíduo que se balança para frente e para trás sem nenhum motivo aparente. Mas o que pode parecer sem sentido para as pessoas neurotípicas (que não possuem transtornos mentais), é na verdade um comportamento que faz parte da vida no espectro autista, chamado de “estereotipia”. Este é o termo médico para ações repetitivas ou ritualísticas vindas do movimento, da postura ou da fala.

As estereotipias costumam acontecer em situações que o autista se sente bombardeado por estímulos, e as ações repetitivas ajudam a pessoa a se reorganizar internamente e processar tudo o que está sentindo. Há relatos de pacientes com TEA que entendem a estereotipia como algo prazeroso, que ajuda a acalmar, a concentrar e a aliviar a ansiedade. Mesmo sendo algo benefício para os autistas, as estereotipias ainda causam muito estranhamento e dificultam o convívio social. Crianças e adolescentes com TEA costumam ser alvo de piadas e até sofrer bullying por causa destes movimentos. E, exatamente por destoarem do comportamento da maioria, é muito comum que as estereotipias sejam o traço que chama a atenção dos pais e faz as famílias buscarem médicos ou psicólogos a procura de um diagnóstico.



Protocolos como MCHAT, ADI-R e ADOS são essenciais na confirmação do diagnóstico do TEA

Entre as dúvidas mais comuns sobre o transtorno do espectro autista, estão as questões sobre como é definido o diagnóstico. Não há exames laboratoriais (como de sangue) ou de imagem (como tomografia) que confirmem o autismo. O diagnóstico do TEA é puramente clínico, ou seja, é um diagnóstico feito a partir da avaliação do indivíduo por um ou mais especialistas habilitados, com a ajuda de testes padronizados. Na prática, isso significa que o comportamento da pessoa vai ser observado geralmente por uma equipe multidisciplinar, composta por médicos e psicólogos, por exemplo. Os especialistas vão avaliar se o indivíduo apresenta:

  • Dificuldade para interagir socialmente, como manter o contato visual, expressão facial, gestos, expressar as próprias emoções e fazer amigos;.
  • Dificuldade na comunicação, com o uso repetitivo da linguagem e bloqueios para começar e manter um diálogo;
  • Alterações comportamentais, como manias, apego excessivo a rotinas, ações repetitivas (também conhecidas como estereotipias), interesse intenso em assuntos específicos e dificuldade de imaginação.
  • Testes de autismo buscam reações espontâneas dos pacientes

    Os módulos são os seguintes:

    • Módulo 1: destinado a crianças que não falam de maneira consistente. O examinador vai testar a resposta da criança ao chamado pelo nome e realizar brincadeiras para analisar o nível de interesse dela;
    • Módulo 2: indicado para crianças que falam mas que não chegam a ser verbalmente fluentes. A avaliação envolve brincadeiras de faz de conta, como por exemplo brincar de casinha, para examinar os níveis de atividades do indivíduo;
    • Módulo 3: aplicado em crianças verbalmente fluentes com o uso de brinquedos apropriados para a idade mental. Pode envolver jogos interativos junto com o avaliador, como criar uma história ou descrever uma imagem.
    • Módulo 4: recomendado para adolescentes e adultos verbalmente fluentes. Contém questões socioemocionais (sobre sentimentos e amizades), além de perguntas sobre a vida diária.

O objetivo da ADOS é instigar o examinado com brincadeiras e perguntas para provocar comportamentos espontâneos. As atividades criam um contexto confortável para o indivíduo reagir à avaliação de uma forma mais próxima do seu dia a dia. Os módulos diferentes também ajudam a reduzir as chances de erro no diagnóstico devido ao atraso na fala. Uma criança que não sabe falar, mas demonstra boa interação com os outros, vai precisar de um tipo de tratamento. Já outra criança, que fala, mas não consegue expressar as suas emoções nem fazer amigos, vai se beneficiar de todo uma outra série de terapias.

MCHAT é recomendada apenas no caso de crianças com suspeita de TEA

Para garantir uma padronização no processo do diagnóstico, foram criados protocolos médicos que são testes e entrevistas que reúnem as principais características necessárias para uma pessoa ser enquadrada no espectro autista. No caso de crianças, por exemplo, a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que o primeiro protocolo a ser usado seja a escala MCHAT. A partir de uma entrevista com os pais, o avaliador (que costuma ser um pediatra ou um psicólogo) vai determinar o nível de risco – de baixo a alto – da criança ser autista. Dessa forma, a MCHAT atua como uma ferramenta para identificar o TEA precocemente, mas a confirmação oficial do diagnóstico ainda vai depender de uma segunda avaliação por especialistas, no geral, com auxílio de outros protocolos. Dois dos principais testes usados para confirmar o diagnóstico de TEA são a Entrevista de Diagnóstico de Autismo Revisada (ADI-R) e a Programação de Observação Diagnóstica para Autismo (ADOS). É importante pontuar que estes questionários têm uso restrito, e devem ser aplicados apenas por profissionais de saúde que receberam o treinamento prévio para executar a entrevista e avaliar a pontuação das respostas

Entrevista de Diagnóstico de Autismo Revisada | Do inglês Autism Diagnostic Interview-Revised, a ADI-R é um teste feito em forma de entrevista semiestruturada. Ou seja, o médico examinador tem um roteiro de perguntas que orienta a avaliação, mas ele também tem a possibilidade de aprofundar questões que parecerem mais relevantes em cada caso.

ADI-R se baseia em conversa com responsáveis e cuidadores

Com um total de 93 questões, a ADI-R é um teste respondido pelos responsáveis e cuidadores de criança e adultos com a idade mental mínima de 18 meses. Após algumas perguntas de abertura, o avaliador se concentra nos seguintes itens:

  • a comunicação geral do indivíduo (do início da vida até atualmente);
  • o desenvolvimento social e brincadeiras (também do nascimento até a idade atual);
  • a existência e o contexto de comportamentos repetitivos e restritos e, para finalizar, perguntas sobre problemas gerais de comportamento.
  • A pontuação de cada questão varia de 1 (menos grave) a 3 (mais grave). A maior parte da avaliação vai se concentrar no comportamento atual da pessoa, com exceção de alguns itens que se referem a fases específicas. Por exemplo, brincadeiras imaginativas sozinho, brincadeiras imaginativas com colegas e brincadeiras em grupo são informações relevantes sobre o período de 4 e 10 anos, enquanto as amizades recíprocas e interesses limitados são avaliados a partir dos 10 anos de idade.

Teste ADOS inclui entrevista e atividades lúdicas para avaliar a suspeita de autismo

A duração da entrevista pode variar de acordo com a idade do indivíduo com suspeita de autismo. Para uma criança de 3 ou 4 anos, é possível realizar a avaliação em uma hora e meia, mas para crianças mais velhas, adolescentes e adultos, é comum que a sessão demore um pouco mais. Programação de Observação Diagnóstica para Autismo | Do inglês Autism Diagnostic Observation Schedule, a ADOS também é um teste semiestruturado, que pode ser usada em crianças, adolescentes e adultos. Mas ao contrário da ADI-R, a conversa na ADOS é diretamente com o indivíduo avaliado e o protocolo inclui, além do questionário, uma interação do avaliador com a pessoa, por meio de brincadeiras e jogos. A avaliação é composta por quatro módulos de 30 minutos, sendo que cada um é projetado para ser aplicado a diferentes indivíduos, de acordo com seu nível de linguagem ou idade. O avaliador vai analisar as habilidades linguísticas de cada paciente para entender qual dos quatro conjuntos de tarefas é o mais apropriado para examinar o seu comportamento social e as habilidades de comunicação.



LEIS E DIREITOS

Sancionada em 8 de janeiro de 2020, a Lei 13.977, conhecida como Lei Romeo Mion, cria a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea). A legislação vem como uma resposta à impossibilidade de identificar o autismo visualmente, o que com frequência gera obstáculos ao acesso a atendimentos prioritários e a serviços aos quais os autistas têm direito, como estacionar em uma vaga para pessoas com deficiência. O documento é emitido de forma gratuita por órgãos estaduais e municipais. É importante ressaltar que as pessoas com TEA têm os mesmos direitos garantidos a todos os cidadãos do país pela Constituição Federal de 1988 e outras leis nacionais. Dessa forma, as crianças e adolescentes autistas possuem todos os direitos previstos no Estatuto da Criança e Adolescente (Lei 8.069/90), e os maiores de 60 anos estão protegidos pelo Estatuto do Idoso (Lei 10.741/2003). A Lei Berenice Piana (12.764/12) criou a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, que determina o direito dos autistas a um diagnóstico precoce, tratamento, terapias e medicamento pelo Sistema Único de Saúde; o acesso à educação e à proteção social; ao trabalho e a serviços que propiciem a igualdade de oportunidades. Esta lei também estipula que a pessoa com transtorno do espectro autista é considerada pessoa com deficiência, para todos os efeitos legais.

Isto é importante porque permitiu abrigar as pessoas com TEA nas leis específicas de pessoas com deficiência, como o Estatuto da Pessoa com Deficiência (13.146/15), bem como nas normas internacionais assinadas pelo Brasil, como a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (6.949/2000).

Além destas políticas públicas mais abrangentes, vale destacar algumas legislações que regulam questões mais específicas do cotidiano.

Sancionada em 8 de janeiro de 2020, a Lei 13.977, conhecida como Lei Romeo Mion, cria a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea). A legislação vem como uma resposta à impossibilidade de identificar o autismo visualmente, o que com frequência gera obstáculos ao acesso a atendimentos prioritários e a serviços aos quais os autistas têm direito, como estacionar em uma vaga para pessoas com deficiência. O documento é emitido de forma gratuita por órgãos estaduais e municipais.

  • Lei 13.370/2016: Reduz a jornada de trabalho de servidores públicos com filhos autistas. A autorização tira a necessidade de compensação ou redução de vencimentos para os funcionários públicos federais que são pais de pessoas com TEA.
  • Lei 8.899/94: Garante a gratuidade no transporte interestadual à pessoa autista que comprove renda de até dois salários mínimos. A solicitação é feita através do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS).
  • Lei 8.742/93: A Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), que oferece o Benefício da Prestação Continuada (BPC). Para ter direito a um salário mínimo por mês, o TEA deve ser permanente e a renda mensal per capita da família deve ser inferior a ¼ (um quarto) do salário mínimo. Para requerer o BPC, é necessário fazer a inscrição no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) e o agendamento da perícia no site do INSS.
  • Lei 13.370/2016: Reduz a jornada de trabalho de servidores públicos com filhos autistas. A autorização tira a necessidade de compensação ou redução de vencimentos para os funcionários públicos federais que são pais de pessoas com TEA.
  • Lei 8.899/94: Garante a gratuidade no transporte interestadual à pessoa autista que comprove renda de até dois salários mínimos. A solicitação é feita através do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS).
  • Lei 8.742/93: A Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), que oferece o Benefício da Prestação Continuada (BPC). Para ter direito a um salário mínimo por mês, o TEA deve ser permanente e a renda mensal per capita da família deve ser inferior a ¼ (um quarto) do salário mínimo. Para requerer o BPC, é necessário fazer a inscrição no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) e o agendamento da perícia no site do INSS.
  • Lei 7.611/2011: Dispõe sobre a educação especial e o atendimento educacional especializado.
  • Lei 7.853/ 1989: Estipula o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social, institui a tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público e define crimes.
  • Lei 7.853/ 1989: Estipula o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social, institui a tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público e define crimes.
  • Lei 10.098/2000: Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.
  • Lei 10.048/2000: Dá prioridade de atendimento às pessoas com deficiência e outros casos.


TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE - TDAH

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma condição de saúde mental que tende a alterar o comportamento, causando níveis incomuns de hiperatividade e sentimentos impulsivos. Pessoas com TDAH, em sua grande maioria, também apresentam problemas para concentrar a atenção em uma única tarefa ou manter-se inerte por um longo período (PERES, 2021).

É comum que qualquer indivíduo apresente desatenção ou oscilações de níveis de energia, contudo, para uma pessoa com TDAH, isso acontece com uma maior frequência, criando situações que atrapalham o convívio social. O DSM-5 – a bíblia do diagnóstico psiquiátrico – lista 18 critérios diagnósticos para TDAH. Os médicos os usam para identificar sintomas e os pesquisadores os usam para determinar áreas de estudo que valem a pena. Apesar do desenvolvimento destes critérios serem um grande avanço, eles apresentam um problema: descrevem apenas como o TDAH afeta crianças de 6 a 12 anos. Os sinais de TDAH em adolescentes, adultos e idosos, por outro lado, não são tão conhecidos. Tal fato levou a diagnósticos errôneos, malentendidos e falhas no tratamento desses grupos. A maioria das pessoas, incluindo os médicos, tem apenas uma vaga compreensão do que significa TDAH. Eles assumem que equivale a hiperatividade e falta de foco, principalmente em crianças. Entretanto este é um pensamento equivocado que precisa ser desmitificado (ABRAHÃO et. al. 2020).

Os critérios do DSM - 5 dividem-se em 2 grupos: 9 sinais de sintomas de desatenção e 9 sinais de impulsividade e hiperatividade. Todos abaixo listados.

  • Sinais de desatenção:
  • Não presta atenção a detalhes ou comete erros descuidados em trabalhos escolares ou outras atividades;
  • Tem dificuldade de manter a atenção em tarefas na escola ou durante jogos;
  • Não parece prestar atenção quando abordado diretamente;
  • Não acompanha instruções e não completa tarefas tem dificuldade para organizar tarefas e atividades;
  • Evita, não gosta ou é relutante no envolvimento em tarefas que requerem manutenção do esforço mental durante longo período de tempo;
  • Frequentemente perde objetos necessários para tarefas ou atividades escolares;
  • Distrai-se facilmente;
  • É esquecido nas atividades diárias.

Leia mais sobre o Assunto no e-book feito pelo Dr.Paulo Liberalesso. Médico Neuro pediatra. Mestre em Neurociências / Neurofisiologia. Doutor em Distúrbios da Comunicação Humana. e Emília J.F. Gama. Assistente Social. Especialista em Saúde Mental com ênfasen TEA . Doutoranda em Educação . Baixe o e-book aqui